03 May 2019 07:12
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<p>São Paulo - A fabricante de sorvetes paulistana Diletto é um fenômeno. Quando a organização nasceu, em 2008, achar sorveterias artesanais de característica no Brasil era uma tarefa inglória. Hoje, há dezenas delas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. A pioneira Diletto fatura estimados 50 milhões de reais por ano e tem como sócio, desde 2012, o miliardário Jorge Paulo Lemann. Cota do sucesso se precisa, claro, ao sorvete.</p>
<p>Seu fundador, o administrador Leandro Scabin, apostou em ingredientes nobres, como pistaches colhidos pela localidade do vulcão Etna, na Sicília, framboesas orgânicas da Patagônia, cacau do Togo. Mas é inegável que a Diletto obteve um lindo impulso de uma história única. A inspiração para fazer os picolés veio do avô de Leandro, o italiano Vittorio Scabin.</p>
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<li>1/sete (Getty Images)</li>
<li>Pretextos de Logística</li>
<li>Nice msg 23h40min de 23 de Novembro de 2008 (UTC)</li>
<li>7 de outubro - Aprovação da Wikimedia Brasil na Wikimedia Foundation</li>
<li>Confira as datas dos processos seletivos das principais universidades paulistas</li>
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<p>Sorveteiro da localidade do Vêneto, Vittorio usava frutas frescas e neve nas receitas até que a Segunda Guerra Mundial o forçou a buscar abrigo em São Paulo. Guarnieri Advogados Associados e a imagem do veículo que usava para vender sorvete aparecem nas embalagens da Diletto e ajudaram a fazer a autenticidade da organização.</p>
<p>“La felicità è un gelato”, costumava contar o nonno Vittorio aos netos. É um golaço de marketing, mas há só um entretanto: o nonno Vittorio nunca existiu. O avô de Leandro Scabin concretamente veio do Vêneto, mas se chamava Antonio e teria chegado ao povo duas décadas antes da Segunda Luta.</p>
<p>Nunca fabricou sorvetes. Antonio era paisagista e cuidava dos jardins das casas das famílias ricas de São Paulo. As imagens dele e do carrinho de sorvete impressas nas embalagens da Diletto são peças publicitárias. Leandro Scabin criou o protagonista com o sócio Fabio Meneghini, ex-diretor da agência de publicidade WMcCann, e com a ajuda do dono da agência, Washington Olivetto.</p>
<p>“A empresa não teria crescido tal sem a história do avô e o conceito visual que construí­mos. Como eu convenceria o freguês a pagar oito reais num picolé inexplorado? ”, diz Leandro Scabin. UFSB Fornece Pós-graduação Em Estado E Nação Mas reconheço que posso ter ido distanciado além da medida na história.” Perguntado, ele reitera que utiliza — mesmo — framboesas orgânicas da Patagônia, coco da Malásia, cacau do Togo e pistache vulcânico da Sicília. O “nonnogate” da Diletto é o retrato de um tipo de estratégia que extrapola os limites do marketing — e que está em plena moda no universo dos negócios.</p>
<p>Para tomar espaço, as corporações se preocupam cada vez mais em mencionar histórias que as diferenciem dos concorrentes — técnica conhecida como storytelling. É uma tendência mundial, motivada por uma modificação no jeito do freguês. Hoje, os freguêses não querem apenas saber se o bife é saboroso — no entanto se o boi foi ou não engordado em áreas de queimada.</p>
<p>Se o cacau do chocolate beneficia pequenos agricultores. Se a castanha-de-caju é colhida por quilombolas. Se o suco é feito por adolescentes cansados da mesmice. Olimpíadas Brasileira De Matemática 2018 Inscrições , é uma mudança benéfica, que coloca em evidência corporações que não se preocupam apenas em lucrar. Porém muita gente percebeu que quem tem uma interessante história pra contar acaba lucrando ainda mais. A companhia americana de bebidas Fiji Water, que extrai água mineral de uma cratera vulcânica no arquipélago de Fiji, no Pacífico, cobra o dobro da concorrência. Tua história, efetivamente, é matadora. A organização diz que socorro a população ambiente — financiando a construção de escolas e hospitais — e que a água, “única”, faz bem à saúde.</p>
<p>Ninguém se importa que a água seja transportada por dezenas de milhares de quilômetros, uma loucura do ponto de vista ambiental. Concurso: Cinco Dicas Para Entender Redação Sozinho! de que o storytelling colou. No entanto a tentação de ir um pouquinho além e simplesmente inventar uma história tem se provado extenso demais. Um caso extremo é a varejista americana Abercrombie & Fitch.</p>